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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

O Homem de Estado


   Georges Pompidou era não apenas um homem político mas também um homem de Estado. Uma das raras coisas que aprendi na vida é que a diferença entre um homem político e um homem de Estado reside nisto: só o homem de Estado encaixa as más notícias. O homem político receia-as, e dizendo isto diz-se que tem pouco de homem de Estado. Um homem político é antes de tudo um mercador de boas notícias. Não sei se vê a vida cor-de-rosa, mas com as suas promessas demagógicas e outras, tenta fazer acreditar ao eleitor que a vida é cor-de-rosa. O homem de Estado, na primeira ocasião, como Churchil, quando a sua consciência lhe dita, promete sangue, suor e lágrimas.

   A regra que Georges Pompidou me dera, era que as boas notícias não lhe interessavam grandemente. Apreciava sobretudo as más.

   Nunca vira tal linguagem.”

(Conde de Marenches, ex-chefe dos serviços secretos franceses, em “No Segredo dos Deuses”)
 

Peniche, 26 de Janeiro de 2020
António Barreto

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