Publicação em destaque

Olhando Para Dentro (notas)

Olhando Para Dentro 1930-1960 (Bruno Cardoso Reis) (Em História Política Contemporânea, Portugal 1808-2000, Maphre - nota...

Pesquisar neste blogue

sábado, 25 de abril de 2020

Os Democratas que Destruiram a Democracia

"A destruição da democracia assentou principalmente na cedência a essa possibilidade de controlar os indivíduos e as massas, fazer delas uma matéria moldável ao dispor de uma ideologia, não só lhes retirando a liberdade, mas fazendo-nos crer que quanto mais cativos e críticos mais livres somos."
 
(João Maurício Brás, "Os Democratas que destruiram as Democracias)
 
 (Quadro de Bosch)
Peniche, 25 de Abril de 2020

domingo, 12 de abril de 2020

Lauren Bacall


Lauren Bacall

(16/09/1924-12/08/2014)

   Betty Joan Persk, judia, filha única, seu pai, William Persk, era vendedor e primo de Shimon Peres, e sua mãe, Natalie Wenstein Bacal, de origem romena, era secretária. A partir dos seis anos de idade, na sequência do divórcio de seus pais, Betty ficou a viver com sua mãe e não voltou a ver o seu pai.

   Estudou dança durante treze anos, frequentou a Academia Americana de Artes Dramáticas, foi rececionista no teatro e modelo.

    Estreou-se na Broadway em 1942 com a peça Jonhy Two By Four. Betty Davis era a sua inspiração. Foi Slim Keith, mulher do realizador antissemita Howard Hawks , que a “descobriu” para o cinema e lhe deu o nome artístico de Lauren Bacall. Esta, receosa do antissemitismo então em voga, nunca revelou a sua origem.

   A imagem de marca de LaurenThe Look - caracterizada pela inclinação da cabeça para o peito, olhar de soslaio para a câmara e cabelo caído numa das faces, foi ideia de Hawks com a finalidade de controlar o nervosismo da atriz perante as câmeras.

   O estrelato chegou em 1945 com o filme, Uma Aventura na Martinica, na personagem de Maria “Slim” Browning, onde contracenou com Humphray Bogart.

   No mesmo ano, Lauren casou com Bogart, após divórcio deste de Mayo Methot. Deste casamento, que durou até 1957, resultaram dois filhos.

   A 10 de Fevereiro desse mesmo ano de 1945, visitando o National Press Club em Washington, provocou um escândalo ao sentar-se - a pedido do chefe de publicidade da Warner Brothers - no piano onde Harry Truman - então vice-presidente dos EUA - tocava.

   Foi nomeada para o óscar de melhor atriz secundária no filme “O Espelho tem duas faces” recebendo um globo de ouro pelo seu desempenho.

   Casou com Jason Robards, em 1961 (1969), de quem teve um filho.

    Com Humphrey Bogart participou ainda em, To Have and Have Not, em 1944, (Ernest Hemingway), The Big Sleep, 1946, (Raymond Chandler), Dark Passage, 1947, Key Largo, realizado por John Huston (Paixões em Fúria).

   Contracenou com Marylin Monroe (How to Marry a Millionaire, 1953), John Wayne (Blood Alley, 1955 e The shotist em 1976), Rock Hudson (Written on the Wind, 1956), Gregory Peck (Designing Woman, 1957, filme realizado por Vincent Minnelli), e muitos outros.

   Porém, Lauren, além de atriz também foi escritora, com as obras, By Myself (1978), Now (1994), By Myself and Then Some (2004).

   Lauren Bacall, elegante e discreta, paulatinamente, acabava por dominar o ecran, sobrepondo-se aos outros protagonistas.  
 

Peniche, 12 de Abril de 2020

António Barreto

sábado, 4 de abril de 2020

Jon Voight, um grande ator


Jon Voight

    Jonathan Vincent Voight (1938), pai de Angelina Jolie e James Voight, é um ator norte-americano de formação católica que, depois de uma passagem pelos écrans da televisão nos anos sessenta, se revelou para o grande público em 1969 com o célebre filme “O Cowboy da Meia-Noite”, onde são retratados alguns aspetos da decadência rural e urbana nos Estados Unidos, realizado por  John Schesinger, onde contracena com Dustin Offman, então a despontar para o cinema, que lhe valeria, a par com Offman uma nomeação de melhor ator, e o globo de ouro de melhor revelação masculina. Da sua filmografia vastíssima destaco “Coming Home(1978), um drama alusivo à guerra do Vietname onde contracena com Jane Fonda, “The Champ” (1979), outro drama, desta vez de um pugilista retirado, onde pontifica Faye Dunaway, “The Runaway Train” (1985) realizado por Andrei Konchalovsky, com a participação de Eric Roberts e Rebecca De Mornay e que trata das peripécias dramáticas de dois criminosos evadidos. Na sua filmografia predomina o género dramático, mas também tem lugar os géneros policial, The General (1998) , de ação, “Lara Croft: Tomb Raider”, no qual a sua filha Angelina Jolie faz a sua estreia no cinema, arrazando, e comédia, “Zoolander” (2001).

   É um ator que de topo, carismático, convincente, domina e controla os personagens sem deixar reservas no expectador. O filme que me “encheu as medidas” - dos que vi, claro - foi o “The Champ”, o drama de um pugilista retirado, que acaba em tragédia, que trata com alguma profundidade das vicissitudes do casamento seguido de separação e, de forma superlativa da relação pai-filho, neste caso, o que um pai que ama o seu filho está disposto a, discretamente, fazer por ele.

   Um ator de “mão cheia”.
 
 
Jon Voight e Dustin Offman
 
Peniche, 4 de Abril de 2020
António Barreto