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domingo, 15 de dezembro de 2019

Migrações africanas


  
Manuel S. Fonseca, notável editor nacional - Guerra e Paz -, e profundo conhecedor da realidade africana, na sua coluna "Bica Curta" do Correio da Manhã de 12.12. colocou o dedo na ferida das migrações afro-asiáticas:

"......A África sufoca por dentro. Eis o que alimenta as migrações: a destruição das economias africanas por alguns dos seus lideres, recriando até a escravatura. Pesado fardo para o homem negro."
 
   Perante o fracasso das políticas de autodeterminação e independência e consequente descolonização patrocinada pela ONU - também OUA, URSS, EUA, RU e outros -, esta, em vez de o reconhecer e "atacar" o mal na sua raiz, promovendo, incentivando, programas de cooperação e desenvolvimento entre os países afro-asiáticos e ocidentais, implementando ações de sensibilização para a democracia e transparência, denunciando os lideres africanos corruptos e o racismo negro, prefere aceitar a ideologia da "negritude"  promover a emigração maciça para os países europeus e privar os países de origem dos seus melhores ativos.
 
   Tal implicaria reconhecer a sua responsabilidade direta nesta crise migratória e todo o cortejo de miséria e tragédia., algo incompatível com a aura de superioridade moral que hipocritamente ostentam.
 
   Por outro lado, se tivermos em conta a influência dos países afro-asiáticos, de matriz socialista, na ONU e o velho projeto da URSS de desmembramento da Europa a partir de África através da emigração maciça, podemos considerar estarmos perante a segunda fase desse projeto, que inclui o genocídio em curso dos brancos no Zimbabué e África do Sul, concluída que foi a descolonização.
 
   Por cá, os hipócritas, que insistem na "denúncia" da indústria esclavagista de há 600 anos associando-a aos descobrimentos portugueses, ignoram as práticas antecedentes e preferem fechar os olhos à escravatura atual em África, demonstrando que não é a humilhação do ser humano que os mobiliza mas apenas desconstruir o identidade de uma nação, Portugal.
 
   A retórica da defesa dos povos, afinal, surge, apenas, como veículo de acesso ao poder das novas elites.
 
   O poder, é o princípio e o fim da ação política.
 
Gustave Courbet, The Wave, 1870
 
Peniche, 15 de Dezembro de 2019
 
António Barreto

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