Olhando Para Dentro 1930-1960 (Bruno Cardoso Reis) (Em História Política Contemporânea, Portugal 1808-2000, Maphre - nota...
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domingo, 12 de janeiro de 2020
Afonso Costa
A república, o socialismo e a Igreja:
"As leis de Afonso Costa eram, sem sombra de dúvida, de perseguição, de ataque à Igreja, ao clero e à própria religião. Eram leis violentas, revolucionárias. Afonso Costa sabia bem que nenhuma revolução podia ser levada a bom termo, escrever-se com R maiúsculo, sem destruir, primeiro, na sua essência, o poder económico, político e psicológico das religiões organizadas. É um facto que a história tem claramente demonstrado, nos últimos duzentos anos. Bem o compreenderam os dirigentes de outras revoluções - no México, em Cuba, na União Soviética. Onde as Igrejas poderosas não foram vencidas, as revoluções fracassaram. Conciliar esta necessidade de perseguição com a tolerância poética e romântica que constituía um dos tons da geração de 1890-1891, eis uma das grandes contradições que os homens da República não puderam superar.." (A.H. de Oliveira Marques, cadernos do FAOJ, Afonso Costa).
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