“Che” Guevara um dos líderes mais
carismáticos da revolução cubana, ícone do movimento revolucionário
internacional, entrou dissídio com Fidel Castro devido à orientação de
submissão do novo governo cubano à União Soviética. Afastou-se dos companheiros
de luta, passou por Argel em 1964 - no período quente da pós independência - e
acabou na Bolívia em 1967, lutando dos seus ideais. “Che” não era comunista. A
revolução cubana não nasceu comunista. Os comunistas apropriaram-se dela, tal
como fizeram em muitos outros lugares, como, por exemplo, na Revolução dos
Cravos.
Eis um extrato de Patrícia Mcgowan
no seu livro “O Bando de Argel” (pág.. 142):
“….Entretanto, chegavam-nos rumores de que a independência da
Revolução cubana perante Moscovo estava a acabar. “Che” Guevara, que já não
fazia parte do elenco governativo de Cuba, permanecia, inexplicavelmente, na
Argélia numa espécie de exílio voluntário. Na intimidade, confidenciava que, em
Cuba teria que sentar-se à mesma mesa com indivíduos que mereciam ser fuzilados
por traição à revolução! Os comunistas portugueses, pelo contrário, estavam
agora mais à vontade com os cubanos….”
Peniche, 15 de Janeiro de 2020
António Barreto
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