“Georges Pompidou era não apenas um homem
político mas também um homem de Estado. Uma das raras coisas que aprendi na
vida é que a diferença entre um homem político e um homem de Estado reside
nisto: só o homem de Estado encaixa as más notícias. O homem político
receia-as, e dizendo isto diz-se que tem pouco de homem de Estado. Um homem
político é antes de tudo um mercador de boas notícias. Não sei se vê a vida cor-de-rosa,
mas com as suas promessas demagógicas e outras, tenta fazer acreditar ao
eleitor que a vida é cor-de-rosa. O
homem de Estado, na primeira ocasião, como Churchil,
quando a sua consciência lhe dita, promete sangue, suor e lágrimas.
A regra que Georges
Pompidou me dera, era que as boas notícias não lhe interessavam
grandemente. Apreciava sobretudo as más.
Nunca vira tal
linguagem.”
(Conde de Marenches, ex-chefe dos serviços secretos
franceses, em “No Segredo dos Deuses”)
Peniche, 26 de Janeiro de 2020
António Barreto
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