2-Produtividade, Estado e Povoamento
Economia mista é o caminho; economia de alto valor acrescentado complementada com economia tradicional, privilegiando o povoamento do território.
É a produtividade que determina os salários, numa relação direta, não a competitividade. Pode ser-se competitivo e pobre, como na China, na Índia, no Bangladesh, etc.
Na tecnologia está a economia de alto valor acrescentado e a elevada produtividade; esta carece de capital, recursos humanos qualificados e competitividade fiscal e administrativa.
O Estado deve fazer a sua parte; incentivar a captação de capital e a formação dos recursos humanos, reduzir os custos de contexto - eliminando redundâncias, adotando critérios de avaliação interna confiáveis - simplificar processos administrativos, tornando a Administração Pública mais eficiente - revogando leis e procedimentos inúteis -, ajustar a fiscalidade interna à dos mercados concorrentes, tornar a justiça eficaz, acompanhar os agentes económicos, coadjuvando, abandonando o preconceito persecutório, demagógico e pateta aos empresários e empresas, dando o exemplo de probidade e promovendo, efetivamente, a liberdade económica.
É necessário que o Governo se constitua numa plataforma agregadora e incentivadora, que abandone as bandeiras ideológicas, privilegiando os interesses do país em vez dos do partido no governo, e chame a si os especialistas em economia internacional, os detentores de capital, individuais ou institucionais, os especialistas em formação, as escolas, apresente-lhes um objetivo económico e social a médio-prazo - 10 anos - perguntando-lhes; o que podemos fazer para lá chegar?
Peniche, 25 de Janeiro de 2023
António Barreto
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