Pensando tratar-se de um ensaio sobre o socialismo na Europa atual, e, especificamente,
no Portugal de hoje, e, porque aprecio o estilo da escrita de Alberto
Gonçalves, adquiri a “A Ameaça Vermelha”. Foi, por isso, algo desapontado,
que “ataquei” a obra que consiste, afinal, numa mera compilação de crónicas
avulso publicadas na imprensa, algumas das quais, até já tinha lido.
No seu estilo sarcástico, contundente e algo temerário mas corajoso,
Alberto Gonçalves revela todo o seu ceticismo pelas consequências que poderão
advir para o país pela fórmula política que sustenta o atual Governo. Considerando o socialismo uma via para o
empobrecimento e ausência de Liberdade, ao serviço de elites pseudointelectuais
e partidárias que nada mais pretendem além de poder a qualquer custo -
convicção que partilho -, Alberto Gonçalves, exprime, de forma por vezes
grosseira, um enorme desprezo pelo atual Primeiro Ministro e pelos líderes dos
partidos que apoiam o seu Governo.
“É isto: em pleno século XXi, como se costuma dizer, a mera propriedade
privada ainda é um assunto delicado na sociedade portuguesa. Por muito que
adoremos derrubar tabus, e que qualquer dia se derrubem os interditos ao
incesto e ao bestialismo, está para durar o tabu de cada um ter direito ao que
adquiriu mediante trabalho, herança ou sorte.”
Peniche, 08/08/2017
António
Barreto
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