A autora do ensaio propõe-se avaliar a qualidade da democracia nacional "à luz da "teoria do Apoio ao Sistema Político" entendido este como um conjunto de crenças, atitudes e comportamentos dos cidadãos, quer em relação aos valores e princípios estruturantes das democracia (poio difuso), quer em relação às suas principais instituições e atores políticos (apoio específico)."
Este ensaio divide-se em seis capítulos: no primeiro, a autora sugere ao leitor uma reflexão acerca do que designa por "paradoxos democráticos", quer ao nível da expansão global do sistema democrático, quer no governo avançado nas sociedades industriais avançadas onde constata as ameaças de natureza endógena consubstanciadas na insatisfação e desafeição dos cidadãos face ao sistema político; no segundo aborda o significado político "polissémico e discutível" de democracia quer quanto aos seus valores e ideais de como a igualdade e liberdade, quer quanto às normas e procedimentos institucionais inerentes, destacando o conceito de "poliarquia" teorizado por Robert Dahl em 1972; no terceiro define o conceito de qualidade da democracia e relaciona-o com o do apoio popular a este regime; no quarto procura avaliar se há uma crise de legitimidade da democracia em Portugal; no quinto avalia através dos factos o nível de satisfação dos cidadãos com o funcionamento da democracia em Portugal; no sexto e último capítulo analisa aprofundadamente o grau de confiança dos portugueses com as principais instituições democráticas e a classe política em geral, numa perspectivas comparativa.
(acerca do ensaio: Qualidade da Democracia em Portugal de Conceição Pequito Teixeira)
A criança doente, 1886, Edvard Munch
Peniche, 21 de Abril de 2018
António J.R. Barreto
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