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sábado, 25 de novembro de 2017

Zaratustra não era do Benfica!: Jaime Neves e o 25 de Abril (4)

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Zaratustra não era do Benfica!: Jaime Neves, em Montepuez (4)

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Zaratustra não era do Benfica!: Jaime Neves, o último Guerreiro do império (3)

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Zaratustra não era do Benfica!: Jaime Neves, o último guerreiro do império (2)

Zaratustra não era do Benfica!: Jaime Neves, o último guerreiro do império (2)

Zaratustra não era do Benfica!: Jaime Neves; o último guerreiro do império (1)

Zaratustra não era do Benfica!: Jaime Neves; o último guerreiro do império (1): descrição.

Zaratustra não era do Benfica!: Jaime Neves; o último guerreiro do império (1)

Zaratustra não era do Benfica!: Jaime Neves; o último guerreiro do império (1): descrição.

Zaratustra não era do Benfica!: Jaime Neves e o 25 de Novembro

Zaratustra não era do Benfica!: Jaime Neves e o 25 de Novembro

sábado, 4 de novembro de 2017

Johnny Cash sings "Man In Black" for the first time (with intro)

O Contributo de Jesus Cristo no progresso humano



  
É, sem qualquer dúvida, a consciência da minha profunda ignorância e a convicção da transitoriedade do conhecimento, que propulsiona a minha curiosidade na demanda de mim próprio e do mundo "caminhando" com as minhas próprias ferramentas. Astronomia, cosmologia e física Quântica são matérias que me fascinam. Posto isto, uma breve introdução; O racionalismo funda-se no iluminismo, e este, no Renascimento que por sua vez nasce bem no coração da Igreja Católica. É verdade! A extraordinária prosperidade do comércio veneziano e florentino associada à sumptuosidade da hierarquia eclesiástica católica, ao contributo de mecenas como os Médicis e outros mercadores, em simultâneo com o esbulho dos camponeses e a infame perseguição dos hereges de que resultou a criação dessa aberração criminosa que foi a Inquisição - extinta em Portugal, apenas, em 1842, e de que hoje, ainda há vestígios - gerou um movimento estético na história da humanidade. fundador da modernidade, com o contributo difusor dos Descobrimentos Portugueses. Ateliers e estúdios de homens de arte proliferaram em Florença, Veneza e Roma, e daí para toda a europa, com enaltecimento da história de Jesus Cristo. Ninguém fica indiferente perante a Pietá, o teto da Capela Cistina, ou a arte sacra das telas de Leonardo da Vinci, de Miguel Angelo ( A Últuma Ceia), de Paolo Varonese (Deposição de Cristo), de Giorgio da Castelfranco, de Boticelli, Ticiano ( A Coroação), Tintoretto (A última Ceia). Nesses ateliers, na boa tradição helénica, fermentaram os temas profanos, da física, da geometria, da aritmética, da astronomia. Da Vinci e outros, desenhou novas máquinas de guerra, máquinas agrícolas e até de locomoção. Um processo que alastrou até aos nossos René Descarts com o seu Discurso sobre o Método, Jean Jaques Rousseau com o seu Contrato Social, Immanuel Kant com a sua Crítica da Razão pura e muitos outros criadores dos alicerces das sociedades modernas, fundadas na confiança do Homem na sua própria razão e consequente “libertação” dos dogmas católicos condicionadores da ação dos cidadãos e dos regimes políticos, eminentemente teocráticos, até à Revolução Francesa de 1789. Porèm, não deve confundir-se a mensagem de Jesus Cristo, Homem, com o comportamento abjeto da Igreja Católica na Idade Média. Ora, então, o desenvolvimento científico subsequente ao iluminismo, proporcionou o desenvolvimento tecnológico e com este, proliferação da produção de bens alimentares, a explosão demográfica - de cerca de 800 milhões de habitantes na Terra no final do século XIX para os cerca de 6,5 mil milhões no final do século XX -, o aumento da esperança média de vida, o conforto, e a proliferação de toda a espécie de bens, essenciais e supérfluos, afinal, convertidos nos novos dogmas da ciência e da tecnologia, que as economias tornaram invioláveis. Um absurdo de que devemos tomar consciência por reverter os princípios da racionalidade, fundadores do iluminismo. Na verdade, quer a expansão demográfica, quer a tecnológica, colocam hoje em risco, não só a sobrevivência do homem, como a do próprio planeta. Aqui chegados, é para mim claro desde há uns bons anos, que, se a ciência e a tecnologia mudaram o meio, a natureza humana permanece inalterada; instinto de sobrevivência, e de domínio territorial e social prevalecem como os principais “driveres” da ação dos homens, com seu cortejo injustiça e desumanidade.  

   E é precisamente aqui que entra Jesus Cristo. É ele que nos diz para amarmos o próximo como a nós mesmos. Reparem, não se limita a dizer-nos, como Saramago, para perguntarmos ao outro: - E você quem é? Recomenda-nos que amemos os outros como a nós próprios! Ao fazê-lo revoluciona a principal motivação da ação individual, atenuando ou neutralizando a sua própria natureza profunda; cooperar com o outro em vez de o subjugar. É esta a base das sociedades modernas; só vingam assentes no respeito “amor” pelo outro. Mas não ficou por aqui; a universalidade é também a matriz da mensagem de Cristo; numa época em que proliferavam as organizações tribais fechadas em si próprias, Jesus Cristo dirigiu-se a todos sem distinção; gentios, ímpios e Blasfemos!, recordemos aquela mulher, oriunda de outra comunidade - gentia -, procurou Jesus, cheia de fé, pedindo-lhe uma graça; perante a rejeição dos que o rodeavam, Cristo, num gesto convicto, fez-lhe o milagre, mostrando que, no seu “reino” não há lugar à exclusão. Lindo! Maravilhoso!, Finalmente, é Jesus que, perante os nossos erros - “pecados” - nos possibilita a reconciliação connosco próprios - e “Deus”. A convicção de que, o arrependimento sincero nos permite readquirir a inocência e a oportunidade do trilhar os caminhos do bem. Em suma; é este mecanismo introduzido por Jesus Cristo que permite ao Homem sair da sua condição de besta e assumir a sua condição de “filho de Deus”, ou “filho do bem”. Deu-nos uma nova referência de vida; o respeito do outro baseado no amor e não no medo. Isto, é, quanto a mim, o essencial da mensagem de Jesus Cristo, Homem ou Deus. Quanto às Igrejas, confesso, que tenho sempre o pé atrás, apesar de admirar alguns santos. 
 
(Deposição de Cristo, Paolo Varonese)

Peniche, 04 de Novembro de 2017