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segunda-feira, 4 de abril de 2016

Explicar o Mundo (notas II)




 Adoração dos pastores

 (Giancarlo Da Castelfranco)
 
    
        A doutrina de “um primeiro motor” deu ao cristianismo e ao islamismo a justificação para a        existência de Deus, contestada na Idade Média, pela conclusão de que Deus não  poderia  ter     criado o vazio, o nada. 

 
      Quando, no século XIII, São Tomás de Aquino, na esteira de Abelardo nascido no século XI, desenvolveu a sua dialética de conciliação do aristotelismo com o cristianismo, tornou obrigatório o estudo do pensamento de Aristóteles  na educação universitária europeia.
 
      A importância da Ciência, reside, essencialmente, no seu contributo para a compreensão do mundo e não necessariamente na resolução de problemas científicos populares do nosso tempo.
 
       Com a morte de Aristóteles, em 322 a. C., logo depois da morte de Alexandre da Macedónia, em 323 a. C., iniciou-se o crepúsculo da era Clássica grega, um dos períodos mais luminosos da história da humanidade, que constituiu, afinal, a alvorada de uma era ainda mais luminosa, o helenismo.
 
       Gustav Droysen, em 1830, designou por helenismo - Hellenismus, em alemão -, o período que decorre desde a morte de Alexandre, em 323 a.C. à batalha de Ácio, em 31 d. C, na qual, Otávio derrota os exércitos de António e Cleópatra, e o Egipto, que tinha sido governado por uma sucessão de reis gregos, desde Ptolomeu I, um dos generais de Alexandre, a Ptolomeu XV, filho de Cleópatra e, eventualmente, de Júlio César, é absorvido pelo império romano. Foi a era científica mais extraordinária da humanidade, até aos séculos XVI e XVIII.
 
       Estratão observou o aumento crescente do afastamento entre gotas de água que caíam de um telhado, o que se deve à aceleração da gravidade, ainda desconhecida; uma gota desloca-se mais depressa do que a que seguinte porque iniciou o movimento há mais tempo.
 
      A diferença entre os pensamentos ateniense e alexandrino é que, enquanto o primeiro é abrangente, o seguinte é específico.
 
      Euclides viveu no tempo de Ptolomeu I e foi o provável fundador do estudo da matemática no museu de Alexandria.
 
      Ptolomeu, não compreendeu que, sendo irrelevante para a reflexão, a distinção entre distância mínima e tempo mínimo dada a relação de proporcionalidade entre eles, faz diferença na refração, em que a velocidade da luz se altera ao passar de um meio para o outro. A lei da refração - também conhecida por lei de Snell ou de Descartes - só seria descoberta no século XVII d. C..
 
       Arquimedes foi o mais importante cientista da era helenística, ou, talvez, de qualquer era; viveu em Siracusa no século III a. C. . e tinha particular orgulho em ter provado que o volume de uma esfera é dois terços do volume do cilindro nela circunscrito.
 
       Depois de Arquimedes, Apolónio, nascido em Perga em 262 a. C., distinguiu-se na matemática, em especial no estudo das secções cónicas; a elipse, a parábola e a hipérbole, sem aplicação no mundo antigo, mas de importância crucial  para Kepler e Newton.

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