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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Porque não se fala no hiato do Aquecimento Global?

   Contrariamente à opinião dominante na comunicação social, não é verdade que a esmagadora maioria dos cientistas considere de origem humana o alegado AG. Posso indicar mais de uma centena de cientistas e académicos brasileiros que tomaram posição em modo de carta aberta junto da Presidente do Brasil e outros tantos da comunidade científica mundial que se dirigiu também em carta aberta ao Secretário Geral da ONU.

   Os relatórios do IPCC, entidade presidida pelo coordenador do Greenpeace, são sustentados pelos trabalhos do académico e cientista  Canadiano Michael Man et al, que revolucionaram o modelo de cálculo da temperatura do planeta baseando-o no cerne das árvores, em vez de na monitorização da atividade solar, e que deu origem ao famigerado hokey stick. Este modelo é contestado cientificamente - posso indicar trabalhos concretos, nomeadamente do cientista, também canadiano, Steve McIntyre -, e desacreditado quando aplicado retrospetivamente, uma vez que não confere com as temperaturas históricas.

   O que acontece é que, há cerca de 20/25 anos as temperaturas superficiais do planeta, em terra  e nos oceanos são, efetivamente, monitorizadas com grande precisão a várias cotas, reduzindo drasticamente a margem de especulação, agora confinada aos modelos de cálculo estatístico, nos quais ainda há variáveis de caráter subjetivo. 
   As alterações climáticas são naturais e inerentes à história da Terra, que já teve vários ótimos climáticos, como o do holoceno, o romano e o medieval. Aliás, basta refletirmos um pouquinho nos mecanismos cósmicos conhecidos para duvidarmos da tese da origem antropogénica. 
   Outra coisa, é a questão ambiental, que merece toda a nossa atenção e cuidado, nomeadamente no controle e redução de todo o tipo de emissões poluentes. Neste âmbito, olhemos à nossa volta e rapidamente descobriremos situações paradoxais; asfixiamos as crianças de brinquedos carregados com pilhas, fabricamos telemóveis com acessórios de uso não universal, fabricamos equipamentos domésticos cada vez mais sofisticados, dispendiosos mas com ciclos de vida, mais reduzidos, avançámos para as energias alternativas num contexto económico que não se verifica hoje e que, inevitavelmente, prejudicará a competitividade da economia europeia etc.

   Além das designadas fiscalidade verde e economia verde sustentadas pelo discurso apocalítico que se instalou em torno do ambiente, está ainda em causa uma forma de neocolonialismo em que os países tecnologicamente avançados, destituídos das prerrogativas coloniais, controlam as economias dos países emergentes, vendendo-lhes a sua tecnologia em troca da sua quota de emissão de CO2. 
   Concordo com o académico dinamarquês Bjorn Lomborg - coordenador do Consenso de Copenhaga - e com Marlo Lewis JR - conferencista e membro sénior do Competitive Enterprise Institute -, quando, demonstrando a insustentabilidade das teses de Al Gore defendem o investimento público na adaptação das populações ao ganhos térmicos, dando exemplos concretos, sem comprometer o progresso económico global, uma vez que, para tal, será necessária, apenas, uma pequena parte do investimento global em curso no combate às alterações térmicas. Inútil, uma vez que, se todas as recomendações do Protocolo de Quioto fossem levadas à prática por todas as populações, o resultado consistiria em atrasar em cerca de 6 anos o aumento de temperatura de 2 ºC previsto em cem anos. 
   Em conclusão, devemos questionar-nos e trazer ao debate os argumentos dos cientistas e académicos céticos, geralmente condenados na praça pública, à semelhança do que aconteceu há cerca de 400 anos  ao nosso conhecido Galileu, por ação do, nesse tempo, tenebroso Vaticano.

Veja-se aqui:

(uma tela muito a propósito de William Turner; Firing Tower)

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